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Por Francisco Costa
Voltemos ao finalzinho do ano passado, que
ainda não vai longe, para entendermos a isenção da justiça de Fernando Moro, a
isenção da Polícia Federal, força tarefa do PSDB, pelo menos o braço policial
tucano na República do Paranaguay, circo onde se encena a tragicomédia Lava
Jato. O que pensam os delegados que têm a si a responsabilidade das
investigações? O que pretendem? Qual o papel de cada um no fornecimento de
subsídios para uma tentativa de golpe que caminha para o fracasso? Para
sabermos o que um homem pensa e pretende só analisando o que ele fala e
escreve. Pois então vamos lá: 1) “Alguém segura essa anta, por favor,” – a anta
em referência é a presidente Dilma Roussef e quem postou isso no Facebook foi o
delegado Marcio Adriano Anselmo, Coordenador da Operação Lava Jato. Quando
Lula, em campanha eleitoral da Dilma afirmou que Aécio não é uma pessoa séria e
de respeito, o Aécio encontrou no delegado um advogado, que respondeu, em
postagem no Facebook: “o que é ser um homem sério e de respeito? Depende da
concepção de cada um. Para Lula Aécio realmente não deve ser.” Recentemente,
não sei se para não se comprometer ou entrar para a história como golpista, já
que contava com o golpe vitorioso, o delegado apagou o seu perfil no Facebook; 2)
O outro delegado, este que agora está investigando os grampos ilegais na cela
de Youssef é Maurício Moscardi Grillo, ativista das redes sociais, na campanha
presidencial, defendendo Aécio com unhas e dentes. Sobre uma reportagem da
revista Veja, afirmando que Lula e Dilma sabiam do Petrolão, afirmou: “Acorda!
Lula e Dilma sabiam de tudo”. 3) A próxima é uma delegada, Érika Mialik Malena,
titular na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos
Públicos do Paraná. Para bater duro no governo federal, ela usava o pseudônimo
de “Herycka Herycka”, nas redes sociais. Depois que foi descoberta apagou o
perfil. Quando Paulo César Costa chegou perto do Planalto em suas denúncias,
ela postou: “Dispara venda de fraldas em Brasília.” E a quem caberia chefiar
esses desmandos, essa falta de ética, esse uso da justiça, para influir em
resultados eleitorais e oferecer subsídios para o um golpe político, depondo um
governo legitimamente eleito? 4) Igor Romário de Paula, Delegado da Delegacia
Regional de Combate ao Crime Organizado, subordinado diretamente ao
Superintendente da Polícia Federal, no Paraná. Foi ele quem prendeu Youssef. Acontece
que esse isento e ético profissional é um dos administradores do Grupo OCC,
Organização de Combate à Corrupção, de orientação fascista, cujo símbolo é uma
imagem da presidente Dilma Roussef com dentes de vampiro e semi coberta com uma
faixa vermelha, onde está escrito “Fora PT!”. Estão todos a serviço de Fernando
Moro, prestando-se a bem mandados serviçais do golpe. 5) Fernando Moro é o
midiático e espalhafatoso Juiz, casado com a advogada do PSDB do Paraná, o
mesmo juiz que, quando era só advogado, agiu para livrar da cadeia uma
quadrilha tucana que desviou mais
de meio bilhão dos cofres públicos, sem que devolvessem o dinheiro, o mesmo que
tem um irmão cabo eleitoral e doador de campanha de Beto Richa (PSDB),
governador do Paraná, e que tem um primo preso por corrupção, pedofilia e
lavagem de dinheiro. É amigo próximo dos senadores Aécio Neves e Álvaro Dias,
ambos do PSDB. São estes isentos, éticos e altamente imparciais homens os que
conduzem a Operação Lava Jato, um comitê eleitoral de Aécio Neves, nos meses
que antecederam as eleições, e Quartel General do Golpe, agora. Só que, qual
Fênix renascida das cinzas, o governo acordou a tempo e começa a colocá-los no
devido lugar: de pomposos títulos, Delegados disso ou daquilo, mas não mais que
funcionários públicos, como um médico, um professor, um gari. Não mais. Pagos
para servir à justiça e não a partidos políticos e facções criminosas,
partidárias de golpes políticos.