Por Mara Rocha
Existe uma linha divisória
clara, entre ser militante de esquerda e ser de direita tucana. Qual é a
diferença? Em primeiro lugar a direita, defende os empresários, defende as
elites, quer um país a sua imagem e semelhança. Carros última geração, roupas
de marca, produtos sofisticados, afinal eles não precisam de programas sociais,
eles pagam bem todas as coisas que precisam. A direita reacionária, xenófoba e
sexista, tem como modelo a família burguesa, onde o jogo de interesses
financeiros respalda uma moral dúbia, pois prescrevem para o resto do povo,
aquilo que não praticam. Defendem a meritocracia e o capitalismo, pois é graça
a ele, que podem se distanciar enquanto classe das outras. Ser de esquerda é
muito mais que ser apenas contra a redução da maioridade penal, vai além de
lutar contra os preconceitos de gênero, cor, sexo, etnia. Ser de esquerda é
defender um governo que ajudamos a eleger, não uma defesa cega e acrítica, mas
uma defesa responsável, pois justificada em ações que viabilizam as promessas
feitas. Ser de esquerda, não é apenas fazer propaganda em época eleitoral,
ainda que isso faça parte da luta, não pode e não deve ser o objetivo final.
Ainda que estejamos no contexto do capitalismo há que se buscar a utopia que
nos alimenta para continuar lutando e melhorando nossas práticas. É preciso
contestar o capital, ainda que estejamos nele. É lamentável que haja equívocos em
relação a esses posicionamentos. Jogar militantes petistas no mesmo saco que os
tucanos, pois esses cobram do governo e de ministros coerência de práticas, que
não se resumem apenas aos nossos adversários, mas, sobretudo em relação a nós
mesmos, torna-se essencial nesse momento de crise e fragilidades. Parece que os
petistas estão perdendo o bom-senso, muitos já não diferenciam uma coisa da
outra, resultado da falta de informações, experiências reais, pior ainda : a
manutenção de interesses por cargos que imobilizam o partido como se referiu o
Lula.
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