domingo, 31 de maio de 2015

Um esgoto só

                                                                                                            


                                                              www.clmais.com.br

Por Raimundo Silva
 "Pourriture", era o título do editorial de primeira página do L'Equipe, jornal de esportes francês, sobre esse escândalo da Fifa. "Porcaria" seria a tradução mais correta; "podridão", a mais adequada. Da porcaria algo ainda pode ser resgatado: a história da FIFA está cheia de porcaria perdoada ou esquecida. Da podridão nada se salva. Trata-se, esse pequeno texto, de um trecho extraído da excelente coluna do O Globo de hoje, do nosso patrimônio intelectual, o Veríssimo. Merece ser lida, até por algumas pertinentes perguntas que ele nos faz, e boas para nossas reflexões. Para mim, nenhuma surpresa a prisão desse arremedo de político e cartola, o nefando Marin. Aliás, talvez apenas uma: sua prisão pelo FBI, quando há anos já se vem evidenciando algo de muito podre naquele reino aqui e impune; aí sim, nenhuma surpresa quanto a isto por se tratar de delitos praticados por gente "graúda" e de colarinho "limpo". Esses escárnios já riem de nós, considerados por eles puros e inocentes, há muito tempo. Lamento profundamente presenças tão nefastas desses senhores no comando do mais lúdico de nossos esportes, o futebol. Além de catalisador de sonhos de muitos "moleques" de pés no chão, que ao dar seus primeiros chutes nos baldios campos de várzea, já sonham com os dias de glórias e arquibancadas cheias aplaudindo as suas jogadas de rei Pelé e do chapliniano Mané Garrincha. Evapora-se como se fosse vento o caráter mágico do esporte: posso estar enganado, como portador de utopias que sou, mas sonhos e mais sonhos são aniquilados em momentos como este. Fico pensando em como estes senhores  se olham nos espelho. Como ficam e fitam os olhos de suas mulheres, de seus filhos e netos; e como fica o estado de espírito dos familiares desse tal Del Nero, quando em pronunciamento transmitido pela televisão o Romário brada com todas as letras tratar-se de um ladrão? Comenta um amigo aqui do meu lado (no momento em que este texto era apenas uma reflexão): "deve ser tudo igual a ele, filho de peixe peixinho é". Não, não quero fazer este valor de juízo precipitado. Resta-me, então, um sonho: de que um dia a Justiça em nosso país funcione, mas para todos e contra todos, e não somente contra os pobres, como comumente tem sido. E que todos os corruptos e corruptores, que veem nesse cancro um fim em si mesmo para suas medíocres e patéticas existências, ao entrar nas prisões se vejam diante dessas palavras da porta do inferno, reproduzidas pelo colunista de O Globo, Elio Gaspari, na sua edição deste domingo: "deixa toda esperança, vós que entrais".

sábado, 30 de maio de 2015

EU NÃO TENHO UMA ANA

                                                                    


Por Renato Uchôa (Educador)
Com o maior ou menor desconto, a opção é de todos nós, de cada um, não é a educação (importante contribuição) que transformará a sociedade de classes, na qual uma se sobrepõe e escraviza a outra, pelo consenso ou pela força. Impondo um controle rigoroso nas instituições. Em todas, da sociedade civil ou política. E nas educativas propriamente ditas, comumente entendidas; das ideias pedagógicas, do material pedagógico, da formação dos educadores, com destaque o ritual a que somos submetidos. Componentes básicos do fenômeno educativo que se refletem na postura de todos nós (enquanto) educadores, e que se estendem para além da escola, nas formas de relacionamento, na concepção capitalista da posse: a minha sala, minha turma, minha opinião, minha mulher, o meu cachorro. Nos espaços diversos. Cotidianamente, faça chuva ou sol. As razões para ruptura do processo da concepção, do modo de vida das camadas dominantes, europeizadas por séculos de exploração, com a eclosão e hegemonia cultural e moral das camadas subalternas, têm outro endereço: as relações de escravização no processo de produção. Que as alija do resultado do trabalho e que produz em série uma legião de condenados, apenas, à sobrevivência. E são milhões no mundo todo vivendo abaixo da linha de pobreza, confinados em espaços que contém todas as formas de violência: contra a mulher, negros, índios, homoafetivos, crianças idosos, e muito mais. Violência, portanto, ensinada e incitada pelo ódio das camadas dominantes nos seus espaços de convivência, entre as diversas frações. O privilégio é inerente às frações que compõem o bloco que já desfila em todas as ruas e praças. E nós, educadores de todos os dias, pela especificidade do trabalho que nos aparenta diferente, pelas condições aviltantes a que somos submetidos; salários miseráveis, jornadas desgastantes, péssimas condições materiais, não podemos ter receio de nos consideramos trabalhadores. E quando assim nos entendemos, a nossa contribuição no processo de transformação da sociedade, juntamente com os outros, assume uma dimensão educativa na superação da discriminação, pela formação autoritária que, de forma consciente ou não, também se reflete nos filhos das camadas subalternas, pela violência imposta tanto nos conteúdos, como na forma de olharmos. Em sendo, ao contrário do que possa parecer. O receituário educativo prescrito nas Universidades, que têm, no geral, como princípio ativo, a concepção de mundo das camadas dominantes, atua na formação dos profissionais descarregados nas diversas instituições, para atuarem em função da manutenção consensual do modo de vida delas (camadas dominantes). O que determina em função das ideias pedagógicas da classe dominante, as dominantes em qualquer época da historia é tornar proscrito, à concepção da outra (camadas subalternas), como subproduto do conhecimento. A nossa postura como educadores, pela circulação das concepções nas instituições da sociedade civil, portanto, essencialmente, se reveste de grande importância na destruição da pseudoconcreticidade. E aqui no Piauí, quando não se tem um R$1,00, a gente diz assim “Eu não tenho uma Ana”. Aquele abraço a todos os educadores/as do Brasil.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Quem não gosta de esporte?

                                                                 

           www.luizberto.com


Por Carlos Agostini

Até aquele que diz não gostar, em algum momento de sua vida, já praticou, pratica ou praticará, mesmo que seja uma bola jogada para seu cão resgatar. Mas, dai lembro-me e fico pensando... As corridas de F-1! Hã, quantas vezes ficamos felizes com Airton Senna e toda a alegria que aquela situação de vitória nos transmitia. Pequenino, lembro-me de Fittipaldi, e adolescente, do Piquet. Pena! Nosso líder faleceu. A máquina *show mística deposita suas esperanças em um novo nome brasileiro Zonta, esse por sua vez não se rende e logo é colocado em escanteio, igualmente ao Ricardo Pupo Moreno, este segundo então, pior ainda para os donos do divertimento, sequer dá ouvidos. Bora correr atrás de outro! Aproveitam então um nome consagrado nas competições de base "Rubens Barrichello". Putz! Dessa vez vai! E foi, mas infelizmente, de mãos dadas e abençoadas pela máquina *show mística da F-1. Até ai, tudo bem né! Ele trazendo alegrias para os humildes amantes da F-1. Até que Brasil (entreguista e de joelhos) mostra tua cara! Porra (ops!) meu! Que é que está acontecendo? O cara chegando em primeiro lugar entrega a corrida para o Schumacher, uma, duas, três... Então, aparece um dito cujo desavergonhado e cara de pau Galvão Bueno e diz que o piloto brasileiro entregou a corrida porque é um "esportista ético"! PQP! Que merda é essa? (Ops! Novamente eu e meus palavrões). Como é que fica aquela porção de 200 milhões de brasileiros que depositaram suas esperanças e acreditaram que o cara representava nosso Brasil?  O Barrichello cuspiu é na bandeira brasileira. Isso sim! Senão, qual a proporcionalidade da relação ética esportista X ética com sua própria nação? Posso estar enganado, sendo radical, tonto, sei lá o que, mas é exatamente isto que penso em relação ao esporte do dim-dim. Pratiquei anos kung fu wushu, e sempre aprendi que no treinamento ao primeiro sinal de arrogância e violência o treinamento é encerrado imediatamente. Para as considerações repreensivas e edificantes do mestre, e da mesma forma ocorria nos comitês de disputa caso fosse percebido a violência necessária ou mesmo qualquer inicial de gota de sangue. Acabava na hora. Com o avolumamento do lucro decorrentes das lutas de Vale Tudo, agora com algumas regras modificadas, chegou-se ao tão global e *showmístico MMA. No início o mesmo dito cujo de merda GB disse aos cinco continentes e sete mares que a luta era uma selvageria inconcebível. Engraçado é que passado alguns anos, os lutadores podem quebrar a perna, arrebentar os olhos, estourar os baços e rins (aliás, para os que não sabem, alguns lutadores extraem o baço, precavendo-se de algum problema durante a luta), e tudo isto com muito sangue espalhado no tatame e lambuzando o corpo inteiro. Escancarado na tela da TV, no "slow motion" repetidas vezes.  O Show animal para todos vibrarem de alegria e saberem que também podem ser "animais invencíveis" se treinarem e lutarem por isso. E, além disso, pode-se "ganhar muito dinheiro", basta ser animal. Futebol é a mesma coisa ou alguém consegue convencer-me do contrário? Ronaldo que o diga né! Enfim, tudo por dinheiro, grana, dólar! E nós... Pelo amor ao esporte, vibração pela representação das cores de nossa Nação, por vezes acreditamos. Desculpe-me pela extensão e desabafo. É que lembrei que sou brasileiro e gosto de futebol.

Gol contra




Por Ana Maria Ximenes
Sabe aquele futebol apaixonado e emocionante? Lembra-se do tempo em que usávamos a camisa da Seleção com orgulho? Dá época em que podíamos reclamar de tudo no Brasil, menos do futebol? Pois é, este tempo passou.O futebol brasileiro já foi um império, com muralhas erguidas por grandes jogadores ao longo de décadas. Éramos a nação do futebol, não porque o marketing ditava isso, simplesmente porque a paixão por este esporte brotava em cada esquina.Hoje nos deparamos com notícias como essas: Seleção vendida! Jogador que entra em campo por valor de marketing. Escalação feita por empresários. Tudo isso registrado em contrato. É o que comprova os contratos obtidos e divulgados pelo jornal Estadão. Nestes documentos de contratos de amistosos, ficou estipulado, por exemplo, que a seleção deveria entrar sempre em campo com seus principais nomes, sem qualquer possibilidade de testar jovens jogadores ou fazer uso dos amistosos para preparar o seu time olímpico. "A CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão jogando nas competições oficiais participarão em qualquer e toda partida", diz o artigo 9.1. Ou outros absurdos como: o jogador que substituir o “titular”, precisa ter o mesmo “valor de marketing”.Sim o futebol é um negócio altamente lucrativo, porque é fomentado por paixão. Uma fonte inesgotável de lucro. Pensando assim, é fácil entender porque hoje eles fabricam ídolos.Espero, mais uma vez, que o técnico Dunga não seja conivente com este esquema nojento.Não podemos mais pensar o futebol como pensávamos antigamente, hoje o marketing é fundamental para todos os esportes, porém não se deveria mudar a essência do que acontece em campo. O que acontece nos gramados deve pautar as ações de marketing e não o contrário.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Não passarão

                                                                  


                                                              pad.org.br
Por Gabriela Souto

Quando tudo está perdido sempre existe uma luz! Cunha ganhou a primeira batalha nesse primeiro turno na câmara. Então, como é PEC, então rola o 2º turno na câmara e os dois turnos no Senado. Espero que haja mobilização CONTRA nesses próximos dias e que não passe sequer no segundo turno da votação. Caso passe, nós temos ainda o Senado, que pasmem, está mais progressista (ou melhor, menos conservador) que a Câmara. Além disso, há o executivo, MP, OAB, movimentos sociais etc. Basta manter firme o espírito de Stalingrado, onde "os alemão num passa"!


EMBRULHADA PRA PRESENTE


 Maria Baldan
Pior do que ser ANALFABETO POLÍTICO de pai, mãe e adjacentes é o Sujeito se achar credenciado para fazer Análise Política da conjuntura atual não tendo o básico de embasamento da história do Brasil. Até Arnaldo Jabor foi demitido desta função e agora disputa espaço no facebook com Martha Medeiros... Resolveu ativar suas crônicas clichês para concorrer com os livrinhos de colorir... A moçada carente de obviedade. Já o ANALFABETO POLÍTICO prepotente se julga credenciado para julgar a biografia do Lula e da Dilma sem nunca ter pego num livro na vida. Fora o espaço que jornalistas de 5ª categoria têm pra ser cabo eleitoral do PSDB. Ontem ouvi a Lu Lacerda na rádio mandando um recado para o Pezão.  Tive vontade de vomitar. Ela aconselha o Pezão ser como o Geraldo Alckimin. Será que essa moça sabe quem são os responsáveis pela crise hídrica de SP? Será que ela sabe quanto é o montante da Roubalheira do Metrô em SP? Será que ela sabe quem financiou a campanha do Aécio? Nada disso importa. O importante é devolver a boquinha das viúvas do FHC... Realmente precisa ter coragem para pagar este Mico. É admirável a falta de Preparo e Vergonha na Cara enquanto sobra nas prateleiras do facebook Vergonha Alheia...


BEM VINDOS AO PASSADO

                                               
                                                                         

                                                                       www.acemprol.com
Por Francisco Costa
Tivemos ontem, na Câmara dos Deputados, mais uma derrota. Quando falo nós não me refiro aos petistas ou à esquerda, mas a todo o povo brasileiro, que aceleradamente vai recuando no tempo, retornando ao antes. Do episódio de ontem duas coisas a deduzir.A primeira é que a matéria tendo sido rejeitada, deveria ir para a lixeira da história  parlamentar brasileira, mas graças a mais uma manobra de Eduardo Cunha que, pela maneira como vem se conduzindo, se tornou o proprietário do parlamento brasileiro. Manobrando com o regimento interno da casa, quando o leva em consideração, graças a uma emenda do deputado Celso Russomano, recolocou em pauta o rejeitado, logrando aprová-lo. A segunda é que qualquer projeto de lei ou outra matéria, antes de ser aprovado, passa por comissões, onde o texto é analisado e modificado ou não, aprovado e com redação final, entra na pauta de discussões, onde as bancadas de cada partido discutem e se posicionam, fechando questão ou não. Discutido nos partidos, vai a plenário, onde novamente é discutido, agora entre partidos, através do posicionamento dos oradores, e só então se vota, após ter se formado convicções. E uma pergunta óbvia: depois de todo esse trâmite como é que um deputado muda de posição em vinte e quatro horas, votando a favor do que veementemente rejeitou na véspera? A dedução é óbvia: O PARLAMENTO BRASILEIRO VIROU UMA GRANDE CASA DE NEGÓCIOS, ONDE SE TRAFICA VOTOS, A PARTIR DE UMA QUADRILHA LIDERADA POR EDUARDO CUNHA. Só propinas seriam capazes de justificar mudanças de posição tão bruscas, rápidas e radicais. Se olharmos os passos que vêm sendo dados por Eduardo Cunha e sua gente, de maneira isolada: terceirização da mão de obra, distritão (que não duvido volte à discussão), financiamento empresarial de campanha, concluiremos que são medidas conservadoras, primárias, medievalescas, com cara de domínio de classe, fundamentalismo, retrocesso. Mas se juntamos tudo, o quadro é aterrador: há em curso um projeto de privatização da nação brasileira, em moldes que nem mesmo FHC ousou. À tarde concluo o assunto, que merece muita discussão.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O bando






Por Luiz Muller

Um bando de malucos em frente ao congresso nacional: Xingam a "ditadura"do PT e a reforma política do Cunha como se fosse do PT, querem o fim de um tal "foro de São Paulo", que seria uma célula comunista e pedem a intervenção militar pra acabar com tudo isto que aí esta. O número de malucos é bem pequeno. É hora de colocar o serviço de saúde mental a trabalhar. Esta gente precisa de remédio e tratamento. Como são poucos, não afetará o orçamento.

terça-feira, 26 de maio de 2015

O dedo sujo da Globo


                                                                                                                                                 

Por Renato Uchôa( Educador)

Em programa recente na Rede Globo (da morte) a apresentadora Poeta, em não tendo nada a retratar da vida de milhões de brasileiros. Saíram do estado de miséria e tem orgulho do Brasil. No papel, determinado pelo escárnio e ódio das elites ao PT. O burro coiceiro no cabresto e a cangaia, desrespeitosamente dedo em riste afronta, tenta em vão constranger a presidenta do Brasil. E não vai fazer assim com o ministro Gilmar Mendes, que soltou o estuprador Roger Abdelmassih para um rolezinho no mundo. Pena de 278 anos de prisão, 37 mulheres dilaceradas, humilhadas, estupradas barbaramente. O dedo dele poderia ter deixado a digital nela. Mas, sem poesia, com violência. Marcou em outras. De volta ao Brasil deve aguardar uma visita e o dedo de Gilmar.  E por não terem ética, nenhum respeito a Vladimir Herzog, jornalista morto nos porões da ditadura. Muitos outros. Abraçam o jornalismo com um sabor de dólares, ao invés da decência de poucos que ainda resistem.  Este é o dedo que simboliza a arrogância da imprensa mais venal, mais corrupta das Américas. É o dedo que entala a voz e esconde 776 notificações da Receita sobre a sonegação de milhões de impostos dos seus patrões Marinhinhos. É o dedo que não toca no helicóptero da coca. É o dedo que esconde as verdadeiras falcatruas da escória brasileira. É o dedo duro que perdurou por décadas. Entregando tudo e todos aos órgãos de repressão no período da Ditadura Militar. É o dedo da Rede Globo (e como ela se transformou em um dos maiores impérios de televisão), que saiu varrendo o país à procura dos democratas. Caçar, prender, torturar, matar e esconder os corpos. Agora esconder a verdade. É o dedo da entrega de nosso país às empresas estrangeiras. É o dedo da justiça brasileira, selada no curral das camadas dominantes. É o dedo que aponta e incentiva a discriminação dos negros, índios, homofóbicos, idosos, trabalhadores, mulheres... É o dedo que ordenou a venda de estatais como a Vale do Rio Doce por um doce. É o dedo que quer vender a Petrobrás a preço de banana. É o dedo que ordena e é responsável pela matança indiscriminada fora e nos presídios, na cidade e no campo. É o dedo sujo que simboliza a desonra da elite brasileira. Os nossos dedos, ao contrário do dela (dos deles), vai apontar em direção a Lula em 2018 novamente para presidente do Brasil, na hora do voto, pra dentro da urna. São os dedos limpos de milhões de brasileiros (as). Tantas vezes quantas forem necessárias, para que eles não voltem a vender o Brasil a preço de banana novamente. 

domingo, 24 de maio de 2015

A rosa murcha do Paraná, Dirceu e as Margaridas



                                                                           

                                                             georgelins.com
Por Ana Paula Romão (Educadora)
Por Renato Uchôa (Educador)
Milhões de rosas nos jardins no mundo inteiro. Pedaços de cheiros nos quintais, com ou sem cercas, nas favelas, nos guetos escuros e sombrios que amontoam outros milhões de humanos, em condições subumanas. Nas ruas, dos mais variados aromas e tipos, a gente fita. Namoro instantâneo com a beleza, nenhum ciúme do parceiro/a. Nas mansões da opulência construídas pelo suor derramado com sangue. Do chiado no corte, pelo chicote do feitor. Por décadas, por séculos de escravidão, adubam os jardins das “deles”. Rosas e mais rosas que embelezam a vida e não fazem mal a ninguém. E as Rosas que falam. Grita de dentro do peito à liberdade perdida, a igualdade, a fraternidade, o amor abolido pela exploração do homem pelo homem. Rosas que falam do verdadeiro sentido da vida, que nos remetem as utopias de um mundo melhor para todos. São Rosas que brotam, em todas as épocas, em todos os lugares, nos países do mundo, a favor da liberdade. Margaridas, também uma flor; Margarida Maria Alves, por lutar pelos trabalhadores do campo na Paraíba. Um tiro covarde de espingarda 12 no rosto da luta cai com uma réstia de Sol, em 12 de agosto de 1983. Assassinada a mando dos latifundiários do Grupo da Várzea. Rosa Luxemburg é uma delas, Clara Zetkin, do mesmo jardim. Uma Rosa da Revolução na Alemanha imperial, autoritária. Assassinada em 15 de janeiro de 1919, ainda exala por décadas o perfume da liberdade. Faz parte da história da luta dos trabalhadores pelo direito de ter acesso ao que produzem. Rosas, Margaridas diversas em favor da classe trabalhadora. A outra Rosa, Rosa Weber, a Rosa Murcha da República Corrupta do Paraná. Fez um jardim particular com a Elite Brasileira, (com outros jardineiros togados), no Supremo Tribunal Federal. Para esconder as provas da inocência de vários (Laudos, Auditorias...), e condenar sem Elas, AP 470. Regado por baixo do pano pelo aprendiz de jardineiro da intolerância, que já macabrava por lá. Como se diz na Paraíba. O juiz Moro como Joaquim, esconde provas. Esconde a fala do delator sobre Aécio Neves e a verdadeira tropa da escória brasileira.  O continuador do Jardim do Golpe criado e feito com o agrotóxico de marca Anticonstitucional para extinguir o PT. Rosa Weber é a prova dos instintos mais perversos da justiça selada no curral das elites. De uma juíza sem nenhum traço dos preceitos constitucionais na hora do julgamento de um ser humano. Ou de um bandido qualquer, que tem direito. Escarra em cada página da Constituição. Coautora do crime hediondo contra a presunção da inocência, e da própria inocência no festival televisivo dos selecionados para o abate no STF. E agora com o Inquisidor Moro no comando da Operação Esconde-Esconde, um arqui-inimigo da cor vermelha, um leva e traz do PSDB. Como pôde? Ser tão pobre espiritualmente na utilização da Constituição. Em sendo uma conhecedora da Lei? Como pode se vangloriar ao afirmar publicamente “Não tenho provas contra Dirceu. Vou condená-lo porque a literatura me permite”. O fato de pôr o agrotóxico Inconstitucional em tudo que toca a coloca também na história... Da tropa de Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes... Como criminosos ilustres contra a legalidade democrática, em plena democracia. Certamente já são objetos de estudo. Até nas Faculdades de Direito de finais de semana.

sábado, 23 de maio de 2015

EU ERA MAIS À ESQUERDA, MAS, DIANTE DO QUE VEJO, EU ME RENDO.

                                                             


Por Walter Ferreira 
Eu nem era tão Lula assim. Sou mais à esquerda mas, votei nele em 2002. Contudo, esperava mais, muito mais. Tolice. Em um Brasil com a pior e mais podre elite política e social do mundo, com parte de uma classe média fascista, que já depôs presidente popular, que já fez presidente popular suicidar, esse homem, sem derramar sangue, sem criar abalos, esse homem fez a mais profunda reforma na estrutura social brasileira - votei nele em 2006 novamente. Eu nem era tão Dilma assim. Sou mais à esquerda. Mas, votei nela em 2010. Todavia, esperava mais. Mas, veja: Dilma enfrentou Globo, enfrentou Veja, enfrentou fascistas. E ganhou. E venceu o golpe sujo da direita brasileira. Aprofundou a reforma na estrutura social brasileira. E então me lembrei - é a mesma que venceu câncer, que venceu torturadores, que venceu ditadura. E permanece com um governo admirado pelo mundo inteiro. E amada por seu povo (falei povo). Acredita, firmemente, que é possível fazer deste país um país justo. Enquanto os abutres da direita, almas pequenas, enlouquecem ao perceberem que, embora façam de tudo, não atingem a nobre dama - votei nela em 2014 novamente. Eu nem era tão PT assim. Sou mais à esquerda. Entretanto, tenho visto esse partido apanhar inacreditavelmente da parte fascista brasileira e manter-se de pé. E com dignidade. Apanha de canal de televisão corrupto, apanha de juiz financiado pelo golpe, apanha de tucanos financiados pelos EUA, apanha da máfia. Ninguém resistiria a tudo isso. E, no entanto, inacreditavelmente, resistem. Lula mantém o mesmo sorriso de esperança por um Brasil melhor, como no início. A mesma emoção. Dilma segue adiante, realizando um governo voltado para o bem estar do povo. Fazendo do golpe - que derrubaria qualquer um - em algo que não a atinja. Faz crer que o sonho não acabou. Ambos, Lula e Dilma, tiraram milhões da miséria. Deram nova perspectiva à sociedade brasileira. Fizeram do Brasil um país do presente. Volto às urnas em 2018 para votar no Lula. Entendendo que, finalmente, depois de 500 anos, minha pátria encontrou seu caminho.


SOBRE O SALÁRIO DO PROFESSOR!



                                                                             acertodecontas.blog.br 
Por Ezilda Franco
Acompanhando as publicações do face, comecei a pensar numa situação que há dias vem me instigando: O SALÁRIO DO PROFESSOR.Porque existe tanta preocupação em torno do salário do professor?Porque os professores em greve no Paraná precisam ficar se justificando que não estão brigando por salário? E ainda assim, não raro ouvimos: Eles querem ganhar mais? Por que querem ganhar mais? Já ganham bem. E alguns até se revoltam... Dizem palavras ofensivas ao professor. Certo! Vamos pensar: na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação é requisito mínimo de formação que o professor, ou a professora, tenha uma graduação, mesmo que seja pra atuar nas séries iniciais. Poucos são os que ficam só com a graduação. A maioria tem, no mínimo, uma pós-graduação lato sensu. Então o professor é um profissional de nível superior. Ok?Todas as profissões que exigem um mínimo de estudo passam pelo professor. Ninguém questiona o salário, ou o ganho, do advogado, do médico, do dentista... Que possuem o mesmo nível de ensino que o professor. Pouco se questiona o salário do político: vereador, prefeito, deputado, governador e por aí afora... Que muitos deles nem têm um ensino superior. Se vamos à loja comprar um produto, ou à manicure, ou à cabeleireira... Pagamos o preço que nos cobram e boa!! Porque é o profissional quem decide qual deve ser o seu ganho pelo trabalho ofertado. Porque o professor não pode reivindicar melhor salário? O que há de errado com o professor? Ou com uma sociedade que não valoriza o professor? É uma questão a se pensar: pesquisas apontam que os cursos de formação de professor estão se esvaziando. Já há falta de professores em algumas disciplinas e estima-se que em breve faltará em todas as áreas. E sabe qual é a resposta dos estudantes quando pergunta-lhe por que não querem ser professor? Não é outra senão essa: é uma profissão sofrida e desvalorizada. Por que um profissional que forma todos os outros não tem a devida valorização? Não é desabafo, é reflexão!! NÃO ESTAMOS EM GREVE POR AUMENTO DE SALÁRIO. MAS, E SE FOSSE?

Ser ou não ser


                                                                    
Por Pitty Lubas



Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Existem pessoas felizes se sentindo solitárias. O coração que foi treinado para bater, apanhando já sem forças. Promessas de anos guardadas, sendo num segundo desacreditadas. Aquela esperança de que lá na frente ia dar certo, agora ficando para trás. A fé escorrendo dos dedos, quase caindo... Tantas coisas ouvidas e ditas, e agora o silêncio é o som mais alto. O ontem você foi, hoje você é, e amanhã... O que você será? Se for pra sentir dor e viver a delícia, que seja para algo que já existe. Não promessas, esperanças, sonhos. "Você não pode mudar a direção do vento, mas pode ajustar as velas para alcançar o seu destino."