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Por Carlos Agostini
Até aquele que diz não
gostar, em algum momento de sua vida, já praticou, pratica ou praticará, mesmo
que seja uma bola jogada para seu cão resgatar. Mas, dai lembro-me e fico
pensando... As corridas de F-1! Hã, quantas vezes ficamos felizes com Airton
Senna e toda a alegria que aquela situação de vitória nos transmitia.
Pequenino, lembro-me de Fittipaldi, e adolescente, do Piquet. Pena! Nosso líder
faleceu. A máquina *show mística deposita suas esperanças em um novo nome
brasileiro Zonta, esse por sua vez não se rende e logo é colocado em escanteio,
igualmente ao Ricardo Pupo Moreno, este segundo então, pior ainda para os donos
do divertimento, sequer dá ouvidos. Bora correr atrás de outro! Aproveitam
então um nome consagrado nas competições de base "Rubens
Barrichello". Putz! Dessa vez vai! E foi, mas infelizmente, de mãos dadas
e abençoadas pela máquina *show mística da F-1. Até ai, tudo bem né! Ele
trazendo alegrias para os humildes amantes da F-1. Até que Brasil (entreguista
e de joelhos) mostra tua cara! Porra (ops!) meu! Que é que está acontecendo? O
cara chegando em primeiro lugar entrega a corrida para o Schumacher, uma, duas,
três... Então, aparece um dito cujo desavergonhado e cara de pau Galvão Bueno e
diz que o piloto brasileiro entregou a corrida porque é um "esportista
ético"! PQP! Que merda é essa? (Ops! Novamente eu e meus palavrões). Como
é que fica aquela porção de 200 milhões de brasileiros que depositaram suas
esperanças e acreditaram que o cara representava nosso Brasil? O Barrichello cuspiu é na bandeira brasileira.
Isso sim! Senão, qual a proporcionalidade da relação ética esportista X ética
com sua própria nação? Posso estar enganado, sendo radical, tonto, sei lá o
que, mas é exatamente isto que penso em relação ao esporte do dim-dim. Pratiquei
anos kung fu wushu, e sempre aprendi que no treinamento ao primeiro sinal de
arrogância e violência o treinamento é encerrado imediatamente. Para as
considerações repreensivas e edificantes do mestre, e da mesma forma ocorria
nos comitês de disputa caso fosse percebido a violência necessária ou mesmo
qualquer inicial de gota de sangue. Acabava na hora. Com o avolumamento do
lucro decorrentes das lutas de Vale Tudo, agora com algumas regras modificadas,
chegou-se ao tão global e *showmístico MMA. No início o mesmo dito cujo de
merda GB disse aos cinco continentes e sete mares que a luta era uma selvageria
inconcebível. Engraçado é que passado alguns anos, os lutadores podem quebrar a
perna, arrebentar os olhos, estourar os baços e rins (aliás, para os que não sabem,
alguns lutadores extraem o baço, precavendo-se de algum problema durante a
luta), e tudo isto com muito sangue espalhado no tatame e lambuzando o corpo
inteiro. Escancarado na tela da TV, no "slow motion" repetidas vezes.
O Show animal para todos vibrarem de
alegria e saberem que também podem ser "animais invencíveis" se
treinarem e lutarem por isso. E, além disso, pode-se "ganhar muito
dinheiro", basta ser animal. Futebol é a mesma coisa ou alguém consegue
convencer-me do contrário? Ronaldo que o diga né! Enfim, tudo por dinheiro,
grana, dólar! E nós... Pelo amor ao esporte, vibração pela representação das
cores de nossa Nação, por vezes acreditamos. Desculpe-me pela extensão e
desabafo. É que lembrei que sou brasileiro e gosto de futebol.
Um texto de Carlos Agostine.
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