terça-feira, 31 de março de 2015

Marcha a ré e o som das botas





                                                         andradetalis.wordpress.com

  Marcha a ré e o som das botas
   Por Renato Uchôa (Educador)
Lá... Vem. Lá se vai à marcha da família, que não sente frio e fome. Não ajuda ninguém. Maior parte deles responde ao pedinte, com fome e sede, vai trabalhar vagabundo. Bandido bom é bandido morto. Não existe desconto, a não ser para os deles. Enterrado de cabeça pra baixo, de preferência. Depois o cara volta. Passa a carteira Mané. É a educação da navalha, o corte profundo da raiva e revolta pelos séculos de exploração, de exclusão e miséria. Tem um tanto disso na violência, queiramos ou não. E muito mais dos inquilinos dos palácios. Quando não queimam os índios e mendigos, os filhos bem “educados”, que passeiam nos carros de luxo nas ruas e avenidas do Brasil a 150 km/h, alimentam os morros, vielas, casas de luxo no comércio “solidário das drogas”. Criticam as boas Universidades públicas, não menos de um milhão por cabeça oca pra estudar medicina de graça. E acham graça. A favor da pena de morte, do trucidamento das camadas oprimidas. Amarrar o cara no poste é chique, não precisam mais do psicanalista para trabalhar o mundo obscuro, preconceituoso, tenebroso e raivoso. Raquel Sheherazade (e bota uma floresta de pau oco) é uma boa santa. De preconceito. Não cobra pela consulta. A mídia espetáculo de horror, que tem rios de verbas garantidas (não compreendo) do governo federal, nos apoia. Dirão. “Veja” que santa revista. A mídia é nossa, também a justiça selada no curral. Arrotam calúnias no almoço e no jantar, regado a vinho francês. Férias na Europa, nos Estados Unidos, onde possam aprender imitar as camadas dominantes de lá. E acreditam. Mimados, criados pra ter criados. Fazer tudo. Não respeitam ninguém. Não de menos os professores. Eis um elemento fundamental da destruição da família. Por ela própria. Educam os filhos como reis, para ocupar os cargos de mando, por acreditarem que é a elite predestinada por Deus, que tem a posse do saber e do estado. E tem. O resto é que pinote. A polícia vem ai. Às camadas subalternas, nenhum direito pra elas. O chicote, o tronco e a senzala, ao invés das Universidades Públicas. É contra qualquer programa, políticas públicas de inclusão, Bolsa Família, PROUNI, Mais Médicos, cotas... A favor daquelas do PIB destinadas para o ócio dos exploradores. Não poderiam ser contra o extermínio dos povos, que digam Alá ou Amém, pelo governo americano. E se deliciam a cada bombardeio e invasão. Não importa que, lá embaixo, as bombas matem crianças e idosos. Destruam uma geração de cientistas, professores, caçados e mortos no Iraque, (US$ 802 Bi gastos), com uma estimativa de 654.965 mortos, de acordo com a revista The Lancet. Afeganistão (US$ 444 Bi gastos). Alguns exemplos do que gasta o governo americano pra matar. Líbia, Arábia Saudita, Ucrânia (42 toneladas de ouro), levadas pelos americanos, Venezuela e os preparativos para gerir o caos no Brasil. Ainda não se sabe a conta, e nem os mortos. Eles marcham conscientes ou não, a favor dos preconceitos, da intolerância. As liberdades a duras penas conseguidas aproveitam para defender a volta da Ditadura Militar. Pasmem! Afirmam que vivem em uma.  O profeta Globo toca a reza. Incita os bons “meliantes adormecidos”, que atentam contra a democracia. E vão ficando afoitos durante o dia, do Amazonas a Cabedelo. Na Paraíba, quando um aprendiz de ditador das Docas, Presidente da Companhia das Docas Wilbur Jácome, visivelmente descontrolado, em uma repartição pública ligada ao governo da Paraíba, agride covardemente a presidente Dilma, se referindo a ela como prostituta e escrota. É uma questão moral de o governador Ricardo Coutinho afastar de imediato o assessor, que se comportou como um meliante. Sob pena de prejudicar a sua gestão e a reeleição. O repúdio, o que já fez, não basta. Certamente, a tradição de luta das mulheres paraibanas, que vem dos anos mais recentes com o Grupo Maria Mulher, 8 de março, Coletivo Cunhã , entre outros , não calarão. E depois da marcha, dormirão abraçados com a bandeira americana. E vai passando, palmas para os torturadores da ditadura militar, “eles estão no meio de nós, roguem por nós”. Eles não voltarão nem em sonho.

O SUPREMO NA ENCRUZILHADA AO SOM DO BLUES. LADO B




Por Renato Uchôa (Educador)

   Robert Johnson, músico americano do Mississipi, morreu aos 27 anos. Teria feito um pacto com o demônio. Tornar-se o grande guitarrista genial que foi. Uma lenda do blues. O encontro foi na encruzilhada das rodovias 61 e 49, em Clarksdale, Mississipi. Uns tantos, a maternidade do blues. À meia noite... Nem todos os gatos são pardos. E nem os ratos. Pela metade, uma garrafa de whisky, mãos cortadas, cordas gastas e envelhecidas da Dobro 1927. Esperando há décadas para soltar os gritos de revolta e indignação. Por séculos da escravidão imposta e da segregação a ser quebrada e abolida. Na verdade, o blues se originou em outras terras, além do mar. Povo caçado, acorrentado e trazido para trabalhar como escravo nas grandes plantações (algodão, tabaco e milho) do sul, a partir de 1619. Louisiana, Geórgia, Alabama e outros cantos, e deles os cânticos nostálgicos. 
  O blues é a voz que não deixou apodrecer a liberdade perdida e a conquistar. Vem junto com os povos escravizados da África. Instalado e entalado na garganta; saudade da terra, pela supressão da liberdade e a tortura física. Guitarra afinada, Johnson tocava de costas para o público. Escondendo o “olhar do diabo” na ajuda das "notas". Ninguém perceber. 
  Alguns afirmam que as canções Cross roads Blues, Me and the Devil Blues são provas do acordo. E não aplicaram a Teoria do Domínio de Fato. Por não existir. Utilizaram a do “Domínio do Diabo”. Não se sabe se Joaquim gosta de blues, Don José Maria Pires, de Zumbi dos Palmares. Não se sabe se conhece Pedro Osmar, Jackson do Pandeiro, Jaiel de Assis, Paulo Ró, Dida Fialho, Livardo Alves, Cátia de França, Mozart, Bráulio Tavares, Chico Cézar, Nino, Ivan Santos, Glorinha, Chico Viola e tantos outros, que nós outros aprendemos a amar na Paraíba.Nem muito menos, que as camadas dominantes assassinaram Margarida Alves, Nêgo Fuba, Pedro Fazendeiro, João Pedro Teixeira. Vítimas do latifúndio. 
  Não se sabe se conhece Adailton, Adeildo Vieira, Adelaide Dias, Adenildo, Afonso Abreu, Agamenon Vieira, Agassis Almeida, Alberione (Escola Técnica), Alberto Magno, Alberto Nunes, Alcides médico, Aldemir de Melo, Alder Júlio, Alexandre Guedes, Almir do Maranhão, Almir Nóbrega, Américo Gomes, Ana Bandeira, Ana Paula Romão, Anchieta, Ângela Arruda, Anísio Maia, Antônio Arroxelas, Antônio Arruda, Antônio Barbosa, Antônio Caboclo, Antonio Cadaço, Antônio Vasconcelos, Aparecida Diniz, Aparecida Ramos, Arnaldo Chain, Assis Almeida, Avenzoar Arruda, Benjamim, Beethoven Nóbrega, Bernado Alem, Beto Quirino, Binha, Biu do Lyceu, Bouquinha, Cardoso, Carlos Alberto, Carlos Aranha, Carlos Belarmino, Carlos Henriques, Carlos Rocha, Cecato, Célia, Chicão de Bodocongó, Chico Anísio, Chico Gato, Chico Lopes, Chico Pinto.   Cláudio de Patos, Cláudio, Cleonice Lopes, Clodoaldo, Conceição, Creuza Araújo, Cristiano Machado, Cristiano Zenaide, Cristina, Cunha, Dalton da CS, Damião Lucena, Darlene, David Coelho, Dé da CUT, Décio Alcântara, Derly Pereira, Dôra Limeira, Douraci Vieira, Éder Dantas, Edgar Malagodi, Edilson Amorim, Edinaldo Barbosa, Edivaldo Careca, Edivaldo Rosas, Ednaldo Alves, Ednaldo Barros, Ednaldo Fontes, Ednalva Bezerra.    Ednamay Cirilo, Edmundo Fontes, Edson Weber, Eduardo Loureiro, Edvam Silva, Elaine, Eleonai Gomes, Eliane Camboim, Eliane Melo, Elisa Mineiro, Enildo Paixão, Eunice, Evandro da CS, Everaldo Vasconcelos, Expedito da Silva, Fátima Cantalice, Fátima Cartaxo, Fátima Pessoa,.
  Fernanda Benvenuty, Fernando Abath,  Fernando Enéas, Fernando Lopes, Flávio Moraes, Florindo Villa-Alvarez, Frances Zenaide, Francisco Foot, Fred Svedeson, Fred do PT, Freud Romão, Galdino Toscano, Galinha Preta, Genário Macolino, Geraldo Diniz, Geraldão da CUT.
  Geraldinho da CUT, Giovani, Giovanny Lima, Gisele, Glória Rabay, Graça Barreto, Graziela de Oliveira, Greg Zueira, Guilhermina, Guimarães.
  Héliton de Santana, Heriberto Coelho,Hilton,Hosana Campos, Idalmo da Silva, Ignez Navarro, Ilka Helena, Inaldo, Iranir Medeiros, Iremar Matias, Irene Marinheiro, Irlândio Ribeiro,Isa Arroxelas, Isabel Lucena,  Ivaldo Gomes,  Iverson Carneiro, Ivo Ribeiro, Jacira, Jaêmio Carneiro, Jaldes Menezes,Jandira Pacheco, Joab, Joais,  Joana Neves, Joana, João Balula, João Calistrato, João Costa, João de Deus, João Grandão, João Lucena, João Manoel de Carvalho, João Pinto, João Vanildo, Joaquim Alencar, Joaquim Cavalcante, Jorge, Jorge Cordeiro (Bakana), Jório Machado,  Josafá de Orós, Josafá Laurindo,José Alberto, José Alves, José Calistrato, José Cláudio, José Emilson, José Maria Gurgel, José Neto.   Josenildo Diniz, Josenilton Feitosa, Josildo Diniz, Júlio Rafael, Jussara, Karine, Lau Siqueira, Laurecy Pena, Lavinha, Leônia Gomes, Letícia Braga, Lindalva Sarmento, Lindalva, Lindemberg Medeiros, Lourdes Bandeira, Lourdes Sarmento, Lúcia Guerra, Lúcia Palhano, Luciano Bezerra, Lúcio Flávio, Lúcio Lins, Lucrécio, Luís Silva, Luiz Henrique,  Luiz Junior, Luizito Rodrigues, Lurdinha, Luzenira Linhares, Malaquias Batista, Manoel de Patos, Marcos Licença, Marcos Luiz, Marcos Meireles, Maria do Céu. Maria da Guia, Maria da Paz, Maria José, Mário Gomes, Marluce, Marquinho, Milton Ataíde, Milton Dornellas, Mário Sérgio, Nazaré Zenaide, Nerise, Nice, Niete,Nonato Guedes, Oduvaldo Batista, Olivam, Pastorinha, Paula Frassinete, Paulo Afonso, Paulo Coelho,  Paulo de Tasso, Paulo Tavares da Ampep, Paulo Xavier, Pe José Comblin,  Pedro Gomes, Penha Silva, Peninha,  Peter Kromschek, Políbio Alves, Rama Dantas, Regina, Regininha, Régis da banca,Régis Soares, Rejane Pordeus,Renê, Renô Macaúba,Ribamar Ribeiro,Ricardo Anísio.   Ricardo Brindeiro, Ricardo Pordeus, Roberto Donato, Romero Antonio, Rômulo Polari, Ronaldo Barbosa, Ronaldo Rocha, Rosa Godoy, Rubens Pinto,  Rui  Pordeus, Sales, Sandrinha, Secundino, Sérgio Botelho, Severina Ilza, Sílvio Frank Alem, Silvio Osias, Simão Almeida, Simone Barroca, Simone Lima, Sílvia Patriota, Sizenando, Socorro Bezerra, Socorro Borges, Socorro Nunes, Socorro Ramalho, Socorro Rosa, Socorro Silva, Socorro Pimentel, Socorrinha, Soia Lira, Solange Cavalcante, Sônia Lima, Tânia, Tânia Brito, Teixerinha, Tek,Tereza Gally, Teresa Cristina, Titi Gadelha, Toinho, Tutu de Carvalho, Valquíria Alencar. Valter Aguiar, Valter Dantas, Valter Luciano (Lyceu), Vanderlei Amado, Aurélio Aquino, Vander Farias, Vanderli Farias, Vandinho Carvalho, Vilma Borges, Vilma Maia, Violeta Formiga, Violeta Ribeiro (Viola), Vitor Leonard,Vladimir Brito,Vladimir Dantas, Waldemar Solha, Waldomiro, Walter Galvão,Washington Rocha, Wilma Mendonça, Wilson Aragão, Zé Euflávio, Zé Filho (Guru), Zé Mário, Zé Marques, Zé Ricardo, Zênia Chaves, Zenito, Zequinha, Zuleide e o agora Rei Ricardo Coutinho... E muitos mais. Obrigação de lembrar. Com a benção de Don Pelé, Padre Luiz Couto, Padre Luiz Zadra, Mãe Renilda.   Frei Anastácio, Don Marcelo Cavalheira, Vanderlei Caixe e Irmã Marlene, e de Marx, lutaram pela liberdade e pela democracia, que permitiu a Joaquim Barbosa a sua indicação ao Supremo, na cota de Lula. Nenhuma obrigação de saber. Apenas a de defender a Constituição. Deve curtir Zé Ramalho. Ou Lobão, que agora é da banda. Algumas coincidências, não nas contribuições e importância de cada um: Johnson continuará a ser lembrado e reverenciado como um dos mais importantes da música americana.   A cidade de Clarksdale também. São milhares do mundo em direção à Encruzilhada. Joaquim trabalha e sonha na outra: Praça dos Três Poderes. É lá que se encontram representadas as camadas dominantes mais retrógadas e reacionárias das Américas. É com elas que Joaquim fez o pacto. Rasgou a Constituição para condenar sem provas. Joaquim começa por J, mas nunca será Johnson. Joaquim no Supremo, toca de costas para a Constituição, esconde provas: Auditorias, Laudos e as “notas” da utilização das verbas privadas da Visanet.   Joaquim, Gilmar Mendes na tira-colo, será muito lembrado agora e pelas novas gerações, como o presidente da mais alta Corte de Justiça do país, em pleno regime democrático, pela quebra da legalidade constitucional. Joaquim fez um acordo com os setores mais reacionários das camadas dominantes para destruir o PT. Não foi no Mississipi empoeirado, ao som do blues. Provavelmente, em Brasília, à meia noite.   E na Encruzilhada dos Três Poderes, nós que defendemos a liberdade, ao som do blues, a legalidade vai prevalecer no Supremo. A sociedade brasileira vai aguentar as pontas. A democracia agradece.


Os filhos teus que fogem à luta

                                          
Os filhos teus que fogem à luta                                  


                                          Por Ana Paula Romão( Educado                                      
                                           Por Renato Uchôa (Educador)

O Procurador Janot ( Jamais...), não obstante a revoada no espaço aéreo do Brasil, dos milhões dos cofres das empreiteiras. Nas asas do PSDB. Outros bichos, com plumagens encantadoras, não vai usar a Guilhotina. Já caíram, melhor dizendo, voaram caixas de sapatos recheadas de dinheiro de um prédio em João Pessoa-PB, quando uma operação policial na área. Afirmam lá, os pacotes eram da turma do senador Cássio Cunha Lima. Tem bêbado rico até hoje com o susto e o presente. Não vai usar a Guilhotina no pescoço branco e perfumado do senador Aécio Neves... Um homem-pássaro blindado. Nem ao menos uma ratoeira. Pegar uma catita ( ratinho miúdo), que pululam nos tapetes dos prédios suntuosos da Justiça. Roendo os milhares de processos de condenados com antecipação de culpa, com residência fixa nas prisões assustadoras, degradantes, de norte a sul. Poderia fisgar ao menos uns R$ 10,00. Uma dose de pinga da boa, banda de um limão e uma asa de tira-gosto. Uma esmola para um mendigo de rua gritar impeachment. Seja de quem for: do presidente da Câmara ou do Senado. Colocados no saco do delator. Aécio nunca foi uma boa bisca, como dizem os sábios antigos, que nos precederam e nos educaram. Suspeito no desvio de 4,5 bilhões em apenas um dos voos pro lado da Serra das Minas. Aeroporto construído com dinheiro público. Nas terras do tio. Pouso de naves espaciais... Ele sabe que não vai acontecer nada. O povo mineiro vai ajudar o Procurador que nada achou. Com baladeiras e fisgo. Alguns afirmam que a Guilhotina não consegue cortar nem as unhas, quando o meliante é um Tucano. Ademais, só o IBAMA/ Secretarias Estaduais de meio Ambiente, compete nas questões da fauna brasileira. Certamente, toda a Equipe do Lava Jato foi deslocada pra São Paulo, e não tem água pra lavar. A roupa suja da (in)justiça, principalmente. Estão impedidos de lavar até os ouvidos. Motivo de não terem escutados os nomes dos ligados ao PSDB/outros. Gritado várias vezes pelos delatores/ bandidos, a bem da verdade, alguns, dirigidos contra o PT. Acho que não devemos ser como àqueles, que acreditam em tudo, a favor da extinção da presunção de inocência. O delator, no papel, assume o seu lado mais perverso. Quando acuado, torturado psicologicamente, pode afirmar, inclusive, que FHC, Edir Macedo, Malafaia, Bolsonaro, senador Agripino...na verdade são os novos Santos do Brasil. A justiça brasileira tem demonstrado nos últimos anos, mais claramente, uma tendência de legitimar o que a mídia diz , que propriamente julgar com isenção. Assumir a defesa da Constituição, o Rito Processual Legal. Muitas vezes o já condenado pela população desinformada, preparada pela mídia, apenas tem o direito de escolher a cor do caixão. Todos os brasileiros que cometem um delito, um crime, por mais grave, devem ter as garantias da Lei no processo de julgamentos. Inclusive o presidente da Câmara dos Deputados, que envergonha o mundo com a postura que tem. Joãozinho é um gato esperto da cidade de Lucena-PB, pode ajudar o Procurador. Apelamos ao povo brasileiro, que coloque a disposição de Janot, animais que possam contribuir no processo de limpeza da nação.

O supremo na encruzilhada ao som do blues.Lado A






                                                   Por Renato Uchoa (Educador)

Robert Johnson, músico americano do Mississipi, morreu aos 27 anos. Teria feito um pacto com o demônio. Tornar-se o grande guitarrista genial que foi. Uma lenda do blues. O encontro foi na encruzilhada das rodovias 61 e 49, em Clarksdale, Mississipi. Uns tantos, a maternidade do blues. À meia noite... Nem todos os gatos são pardos. E nem os ratos. Pela metade, uma garrafa de whisky, mãos cortadas, cordas gastas e envelhecidas da Dobro 1927.Esperando há décadas para soltar os gritos de revolta e indignação, por séculos da escravidão imposta e da segregação a ser quebrada e abolida. A bem da verdade (blues) se originou em outras terras, além do mar. Povos caçados, acorrentados e trazidos para trabalhar como escravos nas grandes plantações do sul (algodão, tabaco e milho) na Louisiana , Geórgia , Alabama e outros cantos. O blues e a voz que não deixou apodrecer a liberdade perdida e a conquistar, vem junto em 1619 com os povos escravizados da África. Instalado e entalado na garganta; pela saudade da terra, supressão da liberdade. Guitarra afinada, Johnson tocava de costas para o público. Escondendo o “olhar do diabo” na ajuda das "notas". Ninguém perceber. Alguns afirmam que as canções Cross roads Blues, Me and the Devil Blues são provas do acordo. E não aplicaram a Teoria do Domínio de Fato. Por não existir. Utilizaram a do “Domínio do Diabo”. Não se sabe se Joaquim gosta de blues ou de Zumbir dos Palmares. Deve curtir Lobão, que agora é da banda. Algumas coincidências, não nas contribuições e importância de cada um: Johnson continuará a ser lembrado e reverenciado como um dos mais importantes da música americana. A cidade de Clarksdale também. São milhares do mundo inteiro em direção a encruzilhada. Joaquim trabalha e sonha na outra: Praça dos Três Poderes. É lá que se encontram representadas as camadas dominantes mais retrógadas e reacionárias das Américas. É com elas que Joaquim fez o pacto. Rasgou a Constituição para condenar sem provas. Joaquim começa por J, mas nunca será Johnson. Joaquim no Supremo de costas para a Constituição esconde provas: auditorias, laudos e as “notas” da utilização das verbas privadas da Visanet. Joaquim será muito lembrado agora e pelas novas gerações, como o presidente da mais alta Corte de Justiça do país, em pleno regime democrático, que quebrou a legalidade constitucional. Joaquim fez um acordo com os setores mais reacionários das camadas dominantes para destruir o PT. Não foi no Mississipi ao som do blues. Provavelmente em Brasília, à meia noite. E na encruzilhada dos Três Poderes, nós que defendemos a liberdade, ao som do blues, a legalidade vai prevalecer no Supremo. A sociedade brasileira vai aguentar as ponta, a democracia agradece.