sexta-feira, 29 de maio de 2015

Gol contra




Por Ana Maria Ximenes
Sabe aquele futebol apaixonado e emocionante? Lembra-se do tempo em que usávamos a camisa da Seleção com orgulho? Dá época em que podíamos reclamar de tudo no Brasil, menos do futebol? Pois é, este tempo passou.O futebol brasileiro já foi um império, com muralhas erguidas por grandes jogadores ao longo de décadas. Éramos a nação do futebol, não porque o marketing ditava isso, simplesmente porque a paixão por este esporte brotava em cada esquina.Hoje nos deparamos com notícias como essas: Seleção vendida! Jogador que entra em campo por valor de marketing. Escalação feita por empresários. Tudo isso registrado em contrato. É o que comprova os contratos obtidos e divulgados pelo jornal Estadão. Nestes documentos de contratos de amistosos, ficou estipulado, por exemplo, que a seleção deveria entrar sempre em campo com seus principais nomes, sem qualquer possibilidade de testar jovens jogadores ou fazer uso dos amistosos para preparar o seu time olímpico. "A CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão jogando nas competições oficiais participarão em qualquer e toda partida", diz o artigo 9.1. Ou outros absurdos como: o jogador que substituir o “titular”, precisa ter o mesmo “valor de marketing”.Sim o futebol é um negócio altamente lucrativo, porque é fomentado por paixão. Uma fonte inesgotável de lucro. Pensando assim, é fácil entender porque hoje eles fabricam ídolos.Espero, mais uma vez, que o técnico Dunga não seja conivente com este esquema nojento.Não podemos mais pensar o futebol como pensávamos antigamente, hoje o marketing é fundamental para todos os esportes, porém não se deveria mudar a essência do que acontece em campo. O que acontece nos gramados deve pautar as ações de marketing e não o contrário.

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