Por Ana Maria Ximenes
Sabe aquele futebol apaixonado e emocionante?
Lembra-se do tempo em que usávamos a camisa da Seleção com orgulho? Dá época em
que podíamos reclamar de tudo no Brasil, menos do futebol? Pois é, este tempo
passou.O futebol brasileiro já foi um império, com muralhas erguidas por
grandes jogadores ao longo de décadas. Éramos a nação do futebol, não porque o
marketing ditava isso, simplesmente porque a paixão por este esporte brotava em
cada esquina.Hoje nos deparamos com notícias como essas: Seleção vendida!
Jogador que entra em campo por valor de marketing. Escalação feita por
empresários. Tudo isso registrado em contrato. É o que comprova os contratos
obtidos e divulgados pelo jornal Estadão. Nestes documentos de contratos de
amistosos, ficou estipulado, por exemplo, que a seleção deveria entrar sempre
em campo com seus principais nomes, sem qualquer possibilidade de testar jovens
jogadores ou fazer uso dos amistosos para preparar o seu time olímpico. "A
CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão jogando nas
competições oficiais participarão em qualquer e toda partida", diz o
artigo 9.1. Ou outros absurdos como: o jogador que substituir o “titular”,
precisa ter o mesmo “valor de marketing”.Sim o futebol é um negócio altamente
lucrativo, porque é fomentado por paixão. Uma fonte inesgotável de lucro.
Pensando assim, é fácil entender porque hoje eles fabricam ídolos.Espero, mais
uma vez, que o técnico Dunga não seja conivente com este esquema nojento.Não
podemos mais pensar o futebol como pensávamos antigamente, hoje o marketing é
fundamental para todos os esportes, porém não se deveria mudar a essência do
que acontece em campo. O que acontece nos gramados deve pautar as ações de
marketing e não o contrário.
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