Por
Ezilda Franco
Acompanhando
as publicações do face, comecei a pensar numa situação que há dias vem me
instigando: O SALÁRIO DO PROFESSOR.Porque existe tanta preocupação em torno do
salário do professor?Porque os professores em greve no Paraná precisam ficar se
justificando que não estão brigando por salário? E ainda assim, não raro
ouvimos: Eles querem ganhar mais? Por que querem ganhar mais? Já ganham bem. E
alguns até se revoltam... Dizem palavras ofensivas
ao professor. Certo! Vamos pensar: na nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação é requisito mínimo de formação que o professor, ou a professora, tenha
uma graduação, mesmo que seja pra atuar nas séries iniciais. Poucos são os que
ficam só com a graduação. A maioria tem, no mínimo, uma pós-graduação lato
sensu. Então o professor é um profissional de nível superior. Ok?Todas as
profissões que exigem um mínimo de estudo passam pelo professor. Ninguém
questiona o salário, ou o ganho, do advogado, do médico, do dentista... Que
possuem o mesmo nível de ensino que o professor. Pouco se questiona o salário
do político: vereador, prefeito, deputado, governador e por aí afora... Que
muitos deles nem têm um ensino superior. Se vamos à loja comprar um produto, ou
à manicure, ou à cabeleireira... Pagamos o preço que nos cobram e boa!! Porque
é o profissional quem decide qual deve ser o seu ganho pelo trabalho ofertado. Porque o professor não pode reivindicar melhor
salário? O que há de errado com o professor? Ou com uma sociedade que não
valoriza o professor? É uma questão a se pensar: pesquisas apontam que os
cursos de formação de professor estão se esvaziando. Já há falta de professores
em algumas disciplinas e estima-se que em breve faltará em todas as áreas. E
sabe qual é a resposta dos estudantes quando pergunta-lhe por que não querem
ser professor? Não é outra senão essa: é uma profissão sofrida e desvalorizada. Por que um profissional que forma todos os outros
não tem a devida valorização? Não é desabafo, é reflexão!! NÃO ESTAMOS EM GREVE
POR AUMENTO DE SALÁRIO. MAS, E SE FOSSE?
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