sábado, 4 de julho de 2015

ESSA HISTÓRIA ESTÁ MAL CONTADA


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Por Francisco Costa
Vi e revi, seguidas vezes, o vídeo em que um demente ficou a dois metros da presidente da república, agredindo-a, aos berros: comunista, terrorista, ladra...O moço já está devidamente identificado: um neofascista do bando de Bolsonaro, que começou agredindo homossexuais e negros pobres, nas saídas dos bailes funks da periferia, e está se espalhando pelo Brasil todo. É sustentado pela família, já que não tem ocupação, sendo dizimista do grupo Revoltados On Line e do astrólogo Olavo de Carvalho (sim, há isso. Depois dos pastores do pentecostalismo, os pastores do fascismo). É defensor de um golpe militar, como o seu mestre e guru. Mora em San Francisco. Algumas perguntas têm que ser respondidas e ainda não foram: 1) Todos os membros da comitiva tinham crachás de identificação. No vídeo não dá para perceber se o moço portava crachá ou não, e se portava, quem o deu, a título de quê? Se não portava, como conseguiu burlar os seguranças norte-americanos e brasileiros? 2) Como era uma cerimônia solene, todos os homens estavam de terno ou pelo menos camisa social. Como é que um sujeito trajando blusão de mangas curtas e de boné (em ambiente fechado e coberto, o que mostra que nem educação tem) passou despercebido? 3) Quando os insultos começaram, podemos acreditar que os americanos não entenderam, mas e os seguranças brasileiros? Porque não mandaram que ele se calasse e, não calando, não deram voz de prisão? 4) Quando ele esteve a dois metros da presidente, visivelmente desequilibrado, ofendendo-a, porque os seguranças não agiram como é de praxe em todos os serviços de segurança do mundo: cercaram-na, para protegê-la de um tiro, uma facada, um soco? 5) Porque tanta passividade dos seguranças brasileiros, sob os olhares dos seguranças norte americanos, tentando entender o que estava acontecendo? Porque tanta tranquilidade, sem nenhum gesto ou expressão de estarem surpreendidos, como se esperassem por aquilo? 6) Porque isso não aconteceu em situações anteriores, quando Dilma se encontrou com Bill Clinton, com Henry Kissinger, Barak Obama (em diveras vezes), mas justo numa solenidade com Condoleezza Rice, ligada a George W. Bush, o mais radical, conservador e sanguinário presidente dos últimos tempos, da qual foi secretária e hoje defende os interesses da CHEVRON, o gigante do petróleo norte americano, que tem em José Serra o seu representante no Brasil? Rice é uma das maiores interessadas na queda de Dilma, na mudança de rumos na política nacionalista brasileira. Por ordem do Ministro da Defesa, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) vai mudar todos os agentes, o que diz muito sobre o fato. Fosse só erro operacional, negligência, não chegaria a tanto. Mas não basta. Há que se abrir um inquérito e apurar o que houve, há que se ouvir os seguranças, há que se ouvir esse moleque. Não acredito que um moleque vá viajar centenas de quilômetros, como ele admitiu em postagens, se arriscar a uma cadeia, senão à morte (bastaria um gesto brusco para que um segurança entendesse como atentado e atirasse), só para virar herói de coxinhas no Facebook, ainda que drogado, como parecia estar, pela falta de brilho nos olhos e a voz embargada. Isso foi tramado no Brasil e com gente graúda por trás. De bobo eu só tenho a cara.

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