Por Renato Uchôa (Educador)
Foi um cenário midiático, faz alguns
meses, saída do ministro Barbosa do Supremo maquiado de herói. E a entrada de
outros discípulos da vertente ditatorial em vários tribunais, que cada dia um
sai da cova. Gestou vários filhos do autoritarismo que estão soltos na
buraqueira da justiça. Porta dos fundos do Supremo, na compreensão dos que não
acreditam em bicho de sete cabeças, alma penada, lobisomem, na mídia marrom que
se contorce de ódio contra a presidenta Dilma.O esforço foi gigantesco.Esconder
a Constituição esfacelada e a vara de marmelo utilizada na imposição das
maiores excrescências jurídicas no processo do “mensalão”.Travestidas de juridicidade.
Agora é moda, humilhar e prender. Os delatores é que pautam e abastecem a falta
de juízo de grande parte da população que cria bezerros de ouro. E os vaqueiros
da classe média embrutecida e odiosa.E com carta branca.Dos brancos milionários
e perfumados que dominam a mídia; setores importantes da indústria, comércio,
bancos privados e dos manés.Banqueiros fregueses. De habeas corpus assustadores
no palácio sagrado da justiça. Não existe um risco de dúvidas.Julgamento Inquisitório
mais tenebroso da história do Supremo, AP 470. Repudiado por todos os juristas comprometidos
com a normalidade jurídica e parcela significativa da sociedade brasileira.Já
acordada.Com todas as liberdades democráticas. A duras penas conquistadas pelo
povo brasileiro. O processo de democratização em curso, agredido, afrontado, e
por aqueles responsáveis em zelar pela normalidade. Um fato grave, passível de
consequências aos que agiram fora da lei.Escolheu a data da fuga, para não
julgar os futuros aliados que lhes dão o ar da graça e todos os dias caem em desgraças. No
ar e na terra. E ao pó virão. Não aquele que a Polícia Federal afirma até hoje sem
dono, em menos de uma semana de investigação da queda do helicóptero. Cheiraram
a coca toda? Uma prova obesa de mais de 400Kg, nenhum verdadeiro culpado. Joaquim
arrumou as meias, tirou férias antes da encenação do último ato de
intransigência, autoritarismo,desmoralização e humilhação dos apenados, já
bastante acentuada na Corte Suprema. Poderia, não foi em 31 de março, em
homenagem a ditadura militar. Em se considerando favorável a revisão da
anistia, nunca fez um gesto no encaminhamento do embargo da OAB no STF. Que
questionou a decisão da Corte em 2010, na ratificação da Lei da Anistia 6.683/79.
Portanto, o resultado da análise da Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental-ADPF (153), mantendo intocáveis os agentes públicos que praticaram
crimes de tortura, assassinatos brutais, ocultação de corpos. Inexiste qualquer
manifestação contrária de Joaquim com relação ao período de terror implantado
em 64. Não que se possa estender aos que não lutaram abertamente por razões aceitáveis.
Vários lutaram de todas as formas. Inclusive outros, ainda enlouquecidos,
sentem simpatia pelo regime. Em se tratando da postura dele, assimilou ao pé da
letra o autoritarismo, a força bruta, invés do argumento, da convivência
democrática, do cumprimento da ordem jurídica. Fez o contrário. Não foi em 1º
de abril, afeiçoado que é na camuflagem sorrateira de alijar provas e manter escondido
nas salas escuras ou nas togas,procedimento 2474 e laudo de exame contábil nº
2828/2006-INC, Instituto Nacional de Criminalística, que implode as bases de
acusação e inocenta Pizzolato. Extensão a vários. Sabe lá, a quantidade delas que
inocentariam inúmeros que tiveram as suas vidas destruídas, permutadas por uma candidatura
à presidência da república, que com certeza virá em 2018. Debaixo da toga
da vergonha, o adolescente juiz Moro, continuador das arbitrariedades do pajé do
mau. Vem comandando a procissão inquisitória do terror . E aos ministros ajoelhados em caroço de milho,
podem se levantar. O ministro Lewandowski, pela postura de defesa da legalidade
no julgamento do mensalão, contra tudo e todos,assumiu a presidência da Corte e
ainda não restabeleceu a Plena Normalidade Constitucional. Inclusive a verdade.
Terão que reagir (os inertes ministros) por uma
questão de sobrevivência. Em se encontrando na tampa do lixo da história, é preciso
mudar ou podem cair no tambor. E lá se foi Joaquim
Barbosa,o representante e chefe da milícia mais reacionária e truculenta da
história do Brasil, na quebra da legalidade constitucional no Supremo Tribunal Federal.
Pegou o beco pelo lado indigno da história, cavalo selado e as esporas
de ouro. No alforje, nenhum peso de consciência por ter condenado e trucidado
inocentes com falsas provas. Apenas a escritura do apartamento em Miami, comprado
pela empresa Assas. JBU por US$ 10 dólares, R$ 700.000, da UERJ sem trabalhar,
R$ 14.000, de diárias pra cobrir as despesas mesmo estando de férias; as
regalias do Supremo, e a Constituição despedaçada. Joaquim
vai passando. Vai passar. O carro do lixo da história também. E lá se
vem o juiz Moro...Das Bandas da República Corrupta do Paraná.
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