Por Renato Uchôa (Educador)
O PT, de quando em quando, faz um voto de silêncio
assustador. Por não atender os gritos de milhões de brasileiros. Que acreditam
na força do combate ininterrupto contra a Elite, também do preconceito, da
exclusão, dos crimes mais cruéis contra o povo brasileiro. Querem o troco. Não
é em moedas de cinco centavos, que a contragosto, jogam na lata de um pedinte
de porta de igreja. Após a missa ou o culto, muito deles vão botar chumbinho
para o cachorro e gato do vizinho. Em sendo em um saco, coloca cinco e volta na
ponta do dedo com uma moeda de um real. Querem bilhões em troca pela opção do
governo na implementação dos programas sociais. Querem uma Bolsa-Clã na base de
ouro. E já não dissimulam a cara. Estão todos os dias na mídia, repetindo 24
horas por dia, o convite de sétimo dia. Do enterro do PT. E são milhares
infiltrados no Aparelho de Estado. Servidores públicos nos melhores cargos, da
justiça, Polícia Federal, Ministério Público, Procuradorias, STF, STJ,... Passeando
nas agressões pessoais, no desrespeito, na afronta a todos os Códigos e Estatutos,
que regem também, em cada alçada, os servidores dos Estados. A impunidade
campeia até nas latas de lixo dos pátios das repartições. Um mar de rosa para
cuspir na cor vermelha. Foi assim nas
eleições de 1989, quando o PT deixou roubar por vários meses, dirigido pelos marqueteiros,
a marca da critica, a identidade construída a duras penas, que foi ganhando os
corações e mentes da população brasileira na construção e legalização do
partido. E foi colando, Collor roubou a marca à luz do dia. Roubou a estrela do
PT por meses. Deitou e rolou, e não se sabe se cheiraram. Alguém acordou e foi
botando o PT nos trilhos, a campanha cresceu e foi bonita. Não perdemos as
eleições em 1989. As urnas, e foram várias, boiaram em vários rios do Brasil
lotadas de votos não computados. De quando em quando, um silêncio do PT nos
açoita os tímpanos de vergonha. Joaquim Barbosa, no julgamento da AP 470, mais
draconiano da história do Brasil, em pleno regime democrático, mandou a Direção
do PT para o retiro e voto de silêncio no Tibete. Por vários anos. É visível e
claro a luta de milhões de militantes em defesa do PT e da legalidade
constitucional, inclusive agora contra as ações do juiz Moro, a sombra de
Barbosa na continuidade da Cruzada Medieval contra o partido. É também por demais
visíveis a pífia atuação de quase todas as Direções Estaduais e Municipal ,
quando se omitem , se escondem das diversas e importantes manifestações da
militância na campanha em defesa da legalidade, dos direitos ameaçados. Foi
assim na eleição do ano passado, uma das mais importantes da história política
do Brasil, lavaram as mãos. E quando foram, saíram mais rápido do que um cometa,
com mais medo que o cão tem da cruz. A presidenta Dilma, por alguns meses, após
eleição, não nos deu o ar da graça. Um vácuo profundo na relação com a
militância e com o povo brasileiro. Afirmam de pés juntos, coisa de (Ma)
rqueteiros. Direção do partido no “Teto do Mundo” acompanhou de lá, nós os
simples milhões de mortais no fogo cruzado, gritando nas ruas e avenidas, nos
morros e favelas, nos grotões, contra todas as formas de golpes. E não me venha
com papo de ninar, que a Presidenta do Brasil não deve ocupar uma Cadeia de Rádio
e Televisão, uma Rede Nacional para se dirigir ao povo brasileiro. No dia do
trabalhador. Com o argumento de ferir suscetibilidades, não atrapalhar acordos
de governabilidade. O PT, pelo silêncio das direções, em concluiu com os (Ma) rqueteiros,
vai se afastando de setores importantes da sociedade brasileira, que ao contrário,
tem escutado todos os dias nas rádios e redes de televisão, o convite da missa de sétimo dia da morte do
partido. O trabalhador brasileiro
precisa ouvir a presidenta do Brasil. Deitado, mas na Rede fixada no armador na
parede.
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