quarta-feira, 24 de junho de 2015

Dever de classe

                                                                                 
                                                                       twitter.com 
 Por Gabriela Souto

Em qualquer país capitalista existe classe dominante e classe dominada. Até aí tudo bem.O diferencial no Brasil, e o que nos prende no subdesenvolvimento, é a classe dominante não ser nacionalista e desenvolvimentista. A História do Brasil é essa. Os setores nacionalistas sendo sabotados e combatidos pelos setores ligados ao capital estrangeiro. Sempre que um grande empresário, ou governo tem um projeto de desenvolvimento nacionalista pró-país, ele é atacado incessantemente pelos setores entreguistas. Barão de Mauá, Getúlio, JK, Jango, Brizola e, hoje, o PT. Nenhum aí é santo ou perfeito, mas eram anti-império e queriam uma nação independente, industrializada e soberana. Todos foram combatidos, demonizados.Esse é o debate. Quem não entende isso, não entende nada. Todo brasileiro deveria compreender tal fato, ser ensinado no berço sobre a dinâmica de dominação a que somos submetidos desde 1500. A grande Mídia é a maior aliada interna do capital estrangeiro, cumprindo o papel de manter as mentes colonizadas e linchar moralmente todos os inimigos do projeto entreguista. Agro-exportadores, rentistas, importadores e boa parte do poder político, esses se aliam rapidamente às transnacionais para manter tudo como sempre esteve. Os que estão ganhando o jogo não querem mudança. O problema é que o desenvolvimento nacional, que precisa de infraestrutura e indústria manufatureiras inovadoras fortes, ameaçaria mudar a dinâmica do jogo radicalmente, tirando os grandes parasitas da zona de conforto. E, por outro lado, as transnacionais perderiam em parte esse paraíso dos lucros e juros. Ou seja, deixa a Colônia assim que está melhor.A Odebrecht, maior construtora brasileira, que gera mais de 100 mil empregos e concorre de igual para igual com as estrangeiras da área, está sendo atacada (assim como Eike o foi, anos atrás). O MPF bizarramente pediu "ajuda" aos EUA para investigar possíveis desvios de conduta da empresa. Agora, imaginem o inverso, os EUA entregando de mão beijada uma de suas maiores empresas para o adversário. Rsrsrs... Colônia é colônia.

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