Por Gabriela Souto
Em qualquer país capitalista
existe classe dominante e classe dominada. Até aí tudo bem.O diferencial no
Brasil, e o que nos prende no subdesenvolvimento, é a classe dominante não ser
nacionalista e desenvolvimentista. A História do Brasil é essa. Os setores
nacionalistas sendo sabotados e combatidos pelos setores ligados ao capital
estrangeiro. Sempre que um grande empresário, ou governo tem um projeto de
desenvolvimento nacionalista pró-país, ele é atacado incessantemente pelos
setores entreguistas. Barão de Mauá, Getúlio, JK, Jango, Brizola e, hoje, o PT.
Nenhum aí é santo ou perfeito, mas eram anti-império e queriam uma nação
independente, industrializada e soberana. Todos foram combatidos,
demonizados.Esse é o debate. Quem não entende isso, não entende nada. Todo
brasileiro deveria compreender tal fato, ser ensinado no berço sobre a dinâmica
de dominação a que somos submetidos desde 1500. A grande Mídia é a maior aliada
interna do capital estrangeiro, cumprindo o papel de manter as mentes
colonizadas e linchar moralmente todos os inimigos do projeto entreguista.
Agro-exportadores, rentistas, importadores e boa parte do poder político, esses
se aliam rapidamente às transnacionais para manter tudo como sempre esteve. Os
que estão ganhando o jogo não querem mudança. O problema é que o
desenvolvimento nacional, que precisa de infraestrutura e indústria manufatureiras
inovadoras fortes, ameaçaria mudar a dinâmica do jogo radicalmente, tirando os
grandes parasitas da zona de conforto. E, por outro lado, as transnacionais
perderiam em parte esse paraíso dos lucros e juros. Ou seja, deixa a Colônia
assim que está melhor.A Odebrecht, maior construtora brasileira, que gera mais
de 100 mil empregos e concorre de igual para igual com as estrangeiras da área,
está sendo atacada (assim como Eike o foi, anos atrás). O MPF bizarramente
pediu "ajuda" aos EUA para investigar possíveis desvios de conduta da
empresa. Agora, imaginem o inverso, os EUA entregando de mão beijada uma de
suas maiores empresas para o adversário. Rsrsrs... Colônia é colônia.
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