domingo, 28 de junho de 2015

CARTA ABERTA À DIREÇÃO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES – PT

                                                               
                                                                   www.pt.org.br
Por Francisco Costa

Excelentíssimo Sr. Rui Falcão, presidente.
Senhores membros da Executiva Nacional.
Antes de formular o pleito que pretendo, e que entendo ser o mesmo de milhões de petistas, seja por filiação, afinidade ideológica ou simpatia, gostaria de me posicionar enquanto indivíduo, como chefe de família, profissional da educação e como cidadão. Como chefe de família, por observação direta do que, infelizmente, acontece em outras famílias, sou absolutamente contra as drogas, sua produção, comercialização e consumo. Como educador, e justamente professor de Química e Biologia, sei de todos os malefícios orgânicos e psicológicos proporcionados pelas drogas, do álcool e do tabaco, legalizados, às mais pesadas. Só não posso lhes afirmar que a minha experiência com droga é zero porque, na adolescência, para suportar trabalho pesado e continuado, a quase quarenta horas sem dormir, num carnaval, cheirei lança perfume, e só. Agora como cidadão: logo pela manhã, hoje, ao correr olhos pela imprensa nacional e estrangeira, via Google Tradutor, deparei-me com a afirmação do Deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ, Presidente da Câmara dos Deputados, que “o viciado começa na maconha, passa para as drogas mais pesadas e acaba votando no PT”, afirmação feita a jornalistas estrangeiros, para mais constranger e revoltar. Senhores! Até agora assistimos a um verdadeiro linchamento do partido, da sua militância e, principalmente, dos seus líderes maiores, Sr. Luis Inácio Lula da Silva e Sra. Dilma Rousseff, pela Mídia e pelos poderes Legislativo e Judiciário, sem nenhuma reação da nossa direção. Se até agora o partido se manteve passivo, embora contrariados e impacientes, entendemos a posição como tática e estratégia políticas, mas agora não, foi uma agressão frontal e explícita. Ao se pronunciar de maneira tão leviana e baixa, o Sr. Eduardo Cunha incorreu em falta de decoro parlamentar, uma vez que como deputado ele representa a sua base eleitoral, mas como presidente da Câmara Federal, fala em nome da Instituição. Não bastasse, houve injúria, sentimo-nos todos injuriados; houve calúnia, já que a afirmação foi generalizante e generalizada, atingindo usuários de drogas ou não; e difamação, na medida em que esta foi a imagem dos petistas projetadas no exterior, já que feita a correspondentes estrangeiros. Se até agora o silêncio da direção do partido, em relação a todos os ataques que temos sofrido pode e deve ser creditado a uma postura tática, repito, agora não. Que os nossos parlamentares, do partido e da base aliada, da verdadeiramente aliada, entrem com procedimento contra o deputado Eduardo Cunha, no Conselho e Ética, por quebra de decoro parlamentar. Que o partido entre na justiça comum e no Ministério Público, com queixa crime. Se for necessário, para enriquecer petições e autos, um abaixo assinado, por via virtual ou real, conosco comparecendo ao diretório mais próximo, para assinar, tenho certeza que nascerá o maior e mais longo abaixo assinado feito nesse país, com a presença de toda a militância, os filiados, eleitores e simpatizantes. No aguardo de uma decisão e, principalmente, de uma iniciativa urgente e com a contundência que a situação exige, subscrevo-me, renovando o meu respeito a esta sigla e à sua direção, a minha fidelidade a uma ideologia, e o respeito a mim próprio e a milhões de companheiros/as, que não podem se permitir vítimas de ofensas produzidas pelo ódio, o oportunismo, a leviandade.

Saudações petistas

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