Por Francisco Costa
Excelentíssimo Sr. Rui
Falcão, presidente.
Senhores membros da
Executiva Nacional.
Antes de formular o pleito
que pretendo, e que entendo ser o mesmo de milhões de petistas, seja por
filiação, afinidade ideológica ou simpatia, gostaria de me posicionar enquanto
indivíduo, como chefe de família, profissional da educação e como cidadão. Como
chefe de família, por observação direta do que, infelizmente, acontece em
outras famílias, sou absolutamente contra as drogas, sua produção,
comercialização e consumo. Como educador, e justamente professor de Química e
Biologia, sei de todos os malefícios orgânicos e psicológicos proporcionados
pelas drogas, do álcool e do tabaco, legalizados, às mais pesadas. Só não posso
lhes afirmar que a minha experiência com droga é zero porque, na adolescência,
para suportar trabalho pesado e continuado, a quase quarenta horas sem dormir,
num carnaval, cheirei lança perfume, e só. Agora como cidadão: logo pela manhã,
hoje, ao correr olhos pela imprensa nacional e estrangeira, via Google
Tradutor, deparei-me com a afirmação do Deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ,
Presidente da Câmara dos Deputados, que “o viciado começa na maconha, passa
para as drogas mais pesadas e acaba votando no PT”, afirmação feita a
jornalistas estrangeiros, para mais constranger e revoltar. Senhores! Até agora
assistimos a um verdadeiro linchamento do partido, da sua militância e,
principalmente, dos seus líderes maiores, Sr. Luis Inácio Lula da Silva e Sra.
Dilma Rousseff, pela Mídia e pelos poderes Legislativo e Judiciário, sem
nenhuma reação da nossa direção. Se até agora o partido se manteve passivo,
embora contrariados e impacientes, entendemos a posição como tática e
estratégia políticas, mas agora não, foi uma agressão frontal e explícita. Ao
se pronunciar de maneira tão leviana e baixa, o Sr. Eduardo Cunha incorreu em
falta de decoro parlamentar, uma vez que como deputado ele representa a sua
base eleitoral, mas como presidente da Câmara Federal, fala em nome da
Instituição. Não bastasse, houve injúria, sentimo-nos todos injuriados; houve
calúnia, já que a afirmação foi generalizante e generalizada, atingindo
usuários de drogas ou não; e difamação, na medida em que esta foi a imagem dos
petistas projetadas no exterior, já que feita a correspondentes estrangeiros. Se
até agora o silêncio da direção do partido, em relação a todos os ataques que temos
sofrido pode e deve ser creditado a uma postura tática, repito, agora não. Que
os nossos parlamentares, do partido e da base aliada, da verdadeiramente
aliada, entrem com procedimento contra o deputado Eduardo Cunha, no Conselho e
Ética, por quebra de decoro parlamentar. Que o partido entre na justiça comum e
no Ministério Público, com queixa crime. Se for necessário, para enriquecer
petições e autos, um abaixo assinado, por via virtual ou real, conosco
comparecendo ao diretório mais próximo, para assinar, tenho certeza que nascerá
o maior e mais longo abaixo assinado feito nesse país, com a presença de toda a
militância, os filiados, eleitores e simpatizantes. No aguardo de uma decisão
e, principalmente, de uma iniciativa urgente e com a contundência que a
situação exige, subscrevo-me, renovando o meu respeito a esta sigla e à sua
direção, a minha fidelidade a uma ideologia, e o respeito a mim próprio e a
milhões de companheiros/as, que não podem se permitir vítimas de ofensas
produzidas pelo ódio, o oportunismo, a leviandade.
Saudações petistas
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